Não há ave que não voe
Não há corpo que não voe
Pode ser voo baixo
de galinha no meio da sala
de kiwi diante do abismo
não há ave que não voe
não há pessoa que não tenha voado um dia
pelo menos em sonho
no meio do corredor da imaginação
naquela região impalpável
em que tudo flui
líquido ar que pede devaneios
e viagens sem limite de velocidade
e tempo
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Acordo no vão das horas
Acordo no vão das horas
que vão? que horas? que minutos?
que tempo oco dentro de mim escapando
como fera líquida
me mordendo por dentro
sem substância
o fogo se mistura à água
e o tempo escorre
sem que eu o detenha
o sonho sono pesadelo
tudo vira espuma de uma só cor
na noite que nem sei se é.
que vão? que horas? que minutos?
que tempo oco dentro de mim escapando
como fera líquida
me mordendo por dentro
sem substância
o fogo se mistura à água
e o tempo escorre
sem que eu o detenha
o sonho sono pesadelo
tudo vira espuma de uma só cor
na noite que nem sei se é.
domingo, 24 de abril de 2011
O Porão
Teias de aranha aqui no porão devem formar quilômetros de uma tessitura que me prende o corpo e já não sei como me soltar da teia tecida durante anos ou décadas e agora preso arrebatado para a grande teia além daqui sinto-me não sei como mas é como se uma viagem inesperada me fizesse perceber o mundo por ângulos totalmente inusitados.
sábado, 23 de abril de 2011
Memória da cadeira
Envelhecida e esquecida num canto da cozinha, a cadeira sem assento tenta ainda pensar em sua história e no tempo em que ela estava no centro da sala como a principal a protagonista a cadeira disputada por todos agora só uma cadeira imprestável que não serve se não para ocupar espaço como um fantasma que não assombra ninguém.
O Vaso
Vazio sem conteúdo o vaso na sala espreita o universo
sem saber o motivo de estar ali sem que ninguém o veja
ou o procure.
sem saber o motivo de estar ali sem que ninguém o veja
ou o procure.
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